terça-feira, 14 de julho de 2020

PATRICIA MARX EM PAPO SOBRE MÚSICA E VIDA PESSOAL COM JEAN WYLLYS. ASSISTA!

Patricia Marx contou na live com Jean Wyllys, realizada na ultima quarta-feira, como foi a reação do filho único, Arthur, de 21 anos, ao saber do seu primeiro namoro com uma mulher. A cantora disse que o jovem foi a primeira pessoa para quem ela revelou o romance com a arquiteta Renata Pedreira, de 43 anos, e conta que recebeu muito carinho dele ao dar a notícia. Arthur é filho de Patricia com o ex-marido dela, o produtor musical Bruno E.
"O meu meio sempre foi muito gay, colorido, e sempre encarei com muita naturalidade. Meu filho também conviveu com esse meio durante um tempo. Agora ele tem 21 anos e a namorada dele... E foi a primeira pessoa com quem eu falei, que me acolhei muito amorosamente, e era a pessoa mais importante que eu precisa dizer: 'olha, essa sou eu agora", revelou ela.


Patricia surpreendeu ao revelar no Dia do orgulho LGBTQI+ que está namorando uma mulher. A notícia foi feita num post com uma foto das duas juntas no dia do aniversário de 46 anos da cantora. Para a artista, assumir a sexualidade publicamente foi "libertador".
"É libertador. Mas estou vivendo essa emoção (de liberdade) aos poucos, porque até então, eu vivi essa relação sem falar para ninguém, era uma coisa que ninguém sabia. Resolvi falar por falar, no dia do meu aniversário, que é no Dia Mundial do Orgulho LGBTQI+. Era muita coincidência, um sinal do universo falando: agora vai (risos). Foi uma coisa tão bonita e especial, o amor que eu recebi. Me senti tão acolhida por todos da comunidade", disse.
Durante o papo, Patricia falou da dificuldade que foi se assumir publicamente, pois sempre se relacionou com homens, e admitou que tinha medo e preconceito. "Foi bem difícil, e eu imagino que é um caminho ainda difícil pra se assumir, porque eu mesma tive que resolver isso na análise, tive que tentar entender, porque eu tinha muto medo, tinha aversão, preconceito, todas as coisas que o mundo heteronormativa te diz: 'olha, isso é errado, é feio, engraçado, uma coisa estranha'. Aquilo não passava. Eu falava: 'não deve ser uma coisa anormal'. Aí eu encontrei uma pessoa, que é a minha primeira namorada, e eu vivo uma coisa que é inédita pra mim. É totalmente inédito. E ao mesmo tempo, resolvendo vários traumas de coisas do passado. Eu não nasci assumindo uma postura homossexual".

Ainda durante a live, Patricia ainda falou sobre o novo EP, ressaltando que é fã de João Gilberto desde criança. "Eu aprendi a ouvir música com João Gilberto e Tom Jobim. Eu ouvia seus discos com meu pai, enquanto quanto ele trabalhava, ele era arquiteto e levava os projetos pra casa, inclusive esse projeto é em homenagem  ele, um agradecimento. Eu  sempre gostei desse canto simples do João. Simples, mas ao mesmo tempo  sofisticado, rebuscado em notas muito jazzísticas". Ela ainda contou como foi a gravação do disco: "Eu tentei trazer o máximo de pureza e respeito pelo João nesse trabalho. Tanto que eu não inventei nada. Eu ensaiei muitas vezes e essa gravação foi feita em um take único, gravamos de uma as quatro da tarde, e não podia errar, por que estava filmando junto com a gravação do áudio ao vivo". 
Jean mostrou ser fã do trabalho de Patricia há muito tempo, falando com conhecimento de várias fases da carreira dela. Jean elogiou muito o álbum" Charme do Mundo", que ela mais uma vez confirmou não gostar. Mas parece que as coisas estão mudando: "Esse é um álbum que eu acho que eu estou começando a gostar dele hoje. Eu não gostava muito dele  até pouco tempo atrás. É um disco bem produzido, mas que soa um pouco estranho pra mim, porque eu estava numa fase de transição, outra,  entre tantas fases de mudança... É um álbum de fim de contrato, de despedida da gravadora, mas eu já estava em uma outra fase. É um disco que gosto de algumas faixas, "Chorando no Campo" é uma delas, sou muito fã, mas o álbum em si... me soa nessa transição, então não tem um lugar. Tenho todo carinho, é bem bonito, nem moderno pra época, o Max e o João foram pioneiros porque ninguém fazia música eletrônica aqui na época, mas é um disco pra mim, sem um lugar definido." Em seguida, o assunto foi um disco que ele sabia que ela adora, o "Respirar" "Esse eu amo. É um disco que representa o nascimento do meu filho, a minha ida para o budismo, é a minha descoberta como compositora. Foi quando eu comecei a escrever letras, apesar de achar até hoje que sou péssima letrista. Eu nunca mais escrevi letras depois desses álbuns da Trama. Eu acho que sou melhor cantora quequalquer outra coisa, então não tenho me arriscado mais".

Patricia ainda deu palinhas acapella de "Você Vai Ver" (do novo EP) e "Quando Chove", falou de como era fã de Marisa Monte na adolescência, quando ele comparou seu canto sem vibrato com o dela, falou do convite que recebeu de substituir Ivete Sangalo no comando da Banda Eva, em 1999, e muitos outros assuntos super interessantes. Se você perdeu e quer assistir ou quer rever, a entrevista completa está no link abaixo, não deixe de assistir:



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